Ode ao Ódio

Odeio-te. Visceral, silenciosa e obsessivamente.
A ti, porque me traíste. A ti, porque me mentiste e me fizeste passar por um tonto. A ti, porque não te entregaste incondicionalmente a mim. A ti, porque me tentas impingir a tua filosofia de vida, quando já devias ter percebido há muito que não vale a pena. A ti, por seres manipulador ao aproveitares-te das fraquezas dos outros. A ti, por seres ridiculamente insistente e não me deixares em paz, quando eu só quero mesmo é estar sozinho. A ti, por achares que temos sempre algo a provar.
A ti, por seres tão preconceituoso. A ti, por seres demasiado ingénuo. A ti, por seres tão conservador. A ti, por seres demasiado progressista. A ti, por seres tão intolerante. A ti, por seres demasiado permissivo. A ti, por seres tão imaturo. A ti, por seres demasiado maduro.
A ti, por seres fútil. A ti, por seres inútil. A ti, por seres arrogante. A ti, por seres banal. A ti, por seres obtuso. A ti, por seres fundamentalista. A ti, por seres moralista. A ti, por seres hipócrita. E também a ti, por seres tão diferente de mim.
Contudo, fundamentalmente, odeio-me. "Penso que penso e fico a ouvir-me a pensar. Estou farto de mim".

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