Morte ou Glória

Não acredito em construções/investimentos nas relações. Ou é amor fulminante e recíproco à primeira vista, paixão que rasga os sentidos e nos tolda a razão, ou então estará condenada a ser um fiasco total, desde o início.
Comigo, ou é tudo ou nada. Não há meios-termos, relações complicadas, relações abertas, relações incertas quanto ao seu futuro. Tudo isso são relações de merda, destinadas ao falhanço absoluto e inexorável.
Por mais cliché que isto possa soar, mais vale mesmo estar só que mal acompanhado. E, muito sinceramente, acredito que as pessoas que se deixam imiscuir nessas teias de decadência amorosa fazem-no somente por medo de ficarem sozinhas. A miséria adora companhia, e não é do nada que frequentemente se diz "estão muito bem um para o outro".
Mas não estão. Estão a lacerar a alma um do outro num processo de destruição extremamente lento e doloroso. Estão a adiar o inevitável e a desperdiçar valiosas oportunidades de se envolverem com outras pessoas com quem poderiam ser muito mais compatíveis e felizes. A companhia dos amigos, de quem dizem não abdicar por nada, também seria algo a considerar como alternativa mais que viável.
Manter-me-ei apologista desta minha filosofia de vida, por mais desesperantes que sejam os tempos. Continuo à tua espera, e tu à minha.
"O amor é fodido", mas é preferível que nos foda apenas uma/duas/três vezes na vida que foder-nos praticamente todos os dias, por tempo indeterminado. Been there, done that. Não, obrigado.

Paz,

Ricardo.

Comentários

  1. "um amor só um bocado fodido pode ser a coisa mais bonita deste mundo" e as relações disfuncionais viciam os implicados...não significa que não seja amor. mas sim, é fodido :p

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